segunda-feira, 21 de maio de 2012

Consequência da aprovação do novo Código Florestal.



As mudanças propostas no projeto de reforma do Código Florestal trazem, claramente, prejuízos e impactos para comunidades florestais, rurais e urbanas, ecossistemas, florestas, biodiversidade e para a própria agricultura, que depende de solo, água e clima para ser produtiva. É possível a agricultura aumentar sua produtividade sem que haja novos desmatamentos. Para isso, é preciso investir na recuperação de áreas degradadas.   

Não podemos permitir que o projeto de reforma do Código Florestal promova desmatamento, destrua ecossistemas e coloque em risco a integridade de nossas florestas, dos nossos recursos hídricos, com consequências para toda a sociedade brasileira.

O vídeo "Código Florestal" mostra de maneira simples - mas contundente - as trágicas consequências do desmatamento para a vida das pessoas, tanto no campo quanto nas cidades.
Ajude-nos a disseminar esse vídeo para o maior número de pessoas possível, por meio de blogs, link em seus perfis das redes sociais, ou mesmo conversando sobre o assunto em casa, no trabalho e com amigos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Fórum Matogrossense Lixo e Cidadania

O Fórum é um espaço de discussão, proposição, sensibilização e assessoria para a gestão de resíduos sólidos nos municípios do Estado de Mato Grosso, que segue os princípios do Programa Nacional Lixo & Cidadania, envolvendo todos os segmentos da sociedade na gestão dos resíduos.Criado em 1998 pela UNICEF, em Brasília, na sede da ONU, o fórum lançou o Programa Nacional e a Campanha “Criançano Lixo Nunca Mais”, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente - MMA, após a constatação de que, em 1999, aproximadamente 45 mil crianças trabalhavam em lixões no país.
Em junho de 2000, foi implantado o Fórum Mato-Grossense “Lixo & Cidadania” pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEMA, atual Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SEMA. Em 2008, com o apoio do Banco e de outras instituições, o Fórum revigorou suas ações.
O Objetivo do Fórum é contribuir para a erradicação dos lixões e reabilitação dessas áreas; promover a redução, reutilização e reciclagem de resíduos; estimular a implantação de programas de coletas seletivas nos municípios, preferencialmente em parceria com catadores; promover a reinserção social dos catadores, pela melhoria das condições de trabalho e renda; contribuir para a erradicação do trabalho infanto juvenil nos lixões e promover a inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos catadores; fomentar e contribuir para a regulamentação da Política de Gestão de Resíduos Sólidos; implementar a Política de Resíduos Sólidos; compartilhar com a sociedade a  responsabilidade na gestão dos resíduos e pela sadia qualidade de vida da população,  sólidos; enfim, lutar pela preservação do meio ambiente através da gestão adequada e melhoria contínua dos sistemas de resíduos sólidos, garantindo o resgate da dignidade dos indivíduos envolvidos com a catação, afirmando sua cidadania.
Na gestão participativa, o enfretamento dos problemas sociais urbanos deixa de ser uma tarefa exclusiva do poder público e exige que a sociedade participe ativamente no processo de decisão. Para que ocorra a mudança de comportamento, da forma de pensar e agir, é necessário algum tempo (por se tratar de um processo). Essa transformação  se dá através da educação, que requer um longo trabalho de  sensibilização de toda a sociedade.
Fórum Mato-Grossense Lixo e Cidadania A Lei N.12.305, de 02.08.2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada pelo Decreto N. 7.404, de 23 de dezembro de 2010, determina que os Planos Integrados de Gerenciamentos de Resíduos Urbanos devem contemplar, além dos temas da gestão dos resíduos, também a inclusão dos catadores, a promoção da coleta seletiva e de sistemas de reaproveitamento,valorização da educação e comunicação ambiental.

No ano de 2010, entre outras atividades desenvolvidas pelo Fórum Estadual, citamos a implantação dos Fóruns nos municípios de Poconé, Várzea Grande, Nova Mutum, Campo ovo dos Parecis e Rosário Oeste; viabilização da participação e promoção dos catadores de materiais recicláveis no IX Festival Lixo
e Cidadania em Belo Horizonte, evento promovido pelo Fórum Estadual de Minas Gerais; realização do I Encontro Estadual dos Fóruns “Lixo e Cidadania” de Mato Grosso e do III Encontro Estadual de Catadores de Materiais Recicláveis.

Autor : Terezinha Rodrigues da Silva - SEMA


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Drenagem em áreas Urbanas


Em sistemas de drenagem muito antigos ou cujo dimensionamento e/ou ampliações não acompanharam o crescimento da área urbana e do sistema viário dos municípios, há a tendência de acumulação do material sedimentar erodido. O assoreamento do sistema de drenagem urbana atinge 40% daqueles que fazem
MAP, e é um dos importantes causadores do estrangulamento do sistema de drenagem urbana, propiciando inundações, que ocorrem em 43% dos municípios que realizam Manejo das águas Pluviais -  MAP. Sem o controle da erosão, os corpos receptores têm seu potencial de vazão diminuído com o assoreamento, criando sérios problemas por ocasião de grandes chuvas. Em 19% dos municípios com MAP, ocorre associação entre erosão e assoreamento, e em 25% deles há uma conjugação do assoreamento com as inundações.
As inundações ocorreram, predominantemente, em áreas urbanas naturalmente inundáveis por cursos d’água (61% dos municípios com declaração de ocorrência de inundações). Foram associadas, principalmente, a obstrução de bueiros e de bocas de lobo (45% dos municípios com este problema ambiental), a ocupação intensa e desordenada do solo (43% dos municípios), e a outras causas
(obras inadequadas, dimensionamento incorreto do projeto, lançamento de lixo, etc.). A gestão adequada de bacias hidrográfi cas, o controle sobre a retirada da cobertura vegetal e a ocupação do solo são fundamentais para o bom funcionamento dos sistemas de drenagem urbana. As inundações, quando associadas ao lançamento de esgoto não tratado em rios e a disposição inadequada do lixo, podem causar sérios problemas sanitários e de saúde pública, e contribuir para disseminar doenças de veiculação hídrica,
aumentando a incidência de leptospirose, de hepatites virais, de diarreias e outras.
 A leptospirose, por exemplo, é uma doença transmitida principalmente através do  contato com a água contaminada pela urina de ratos. No ano de 2008, cerca de  12% dos municípios brasileiros apresentaram casos confirmados desta doença, e em 3% ocorreram óbitos, sendo os maiores números (de casos e de óbitos) verificados nas regiões metropolitanas. Por outro lado, as taxas de internação foram mais altas no Sul do País, sobretudo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, e estão associados às fortes inundações ocorridas neste ano. Ressaltamos, portanto, que a principal estratégia de controle deste tipo de doenças é o investimento em infraestrutura de saneamento.


Denise Maria Penna Kronemberger
Rodrigo da Silveira Pereira
Elpidio Antônio Venturini de Freitas
José Antônio Scarcello
Judicael Clevelario Junior

SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE


Saneamento ambiental abrange aspectos que vão além do saneamento básico, englobando o abastecimento de água potável, a coleta, o tratamento e a disposição final dos esgotos e dos resíduos sólidos e gasosos, os demais serviços de limpeza urbana, a drenagem urbana, o controle ambiental de vetores e reservatórios de doenças, a disciplina da ocupação e de uso da terra e obras especializadas para proteção e melhoria das condições de vida. Assim, este capítulo procura ressaltar a natureza transversa das questões de saneamento que se relaciona também com os demais temas apresentados no Atlas. Diversos problemas ambientais estão associados à falta ou à precariedade do saneamento, tais como: poluição ou contaminação na captação de água para o abastecimento humano, poluição de rios, lagos, lagoas,  aquíferos, doenças, erosão acelerada, assoreamento, inundações frequentes, com as consequentes perdas humanas e materiais, para mencionar apenas alguns exemplos.
Entre os serviços de saneamento, o manejo de águas pluviais (MAP) em áreas urbanas constitui um dos mais importantes, considerando o crescimento das cidades e o planejamento urbano, bem como a manutenção das condições de segurança e de saúde da população. Este serviço compreende essencialmente a coleta, o escoamento e a drenagem das águas das chuvas por equipamentos urbanos compostos por redes de drenagem subterrânea e superficial, bueiros, bocas de lobo, sarjetas, dispositivos dissipadores de energia e controle de vazão, e a posterior disposição dos efluentes em pontos de lançamento ou corpos receptores que o objetivam o escoamento rápido das águas por ocasião das chuvas, prevenindo inundações, visando à segurança e à saúde da população, além de permitir a ampliação do sistema viário. 

Denise Maria Penna Kronemberger
Rodrigo da Silveira Pereira
Elpidio Antônio Venturini de Freitas
José Antônio Scarcello
Judicael Clevelario Junior