sexta-feira, 24 de abril de 2015

Governador entrega licenças ambientais para empreendimentos turísticos em Nobres.

Segundo site da SEMA, o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, e a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, entregaram nesta sexta-feira (24.04), às 9h, na Escola Estadual Zeferino Dornellis, no distrito de Bom Jardim, município de Nobres (142 km a médio norte da capital), licenças ambientais a empreendimentos turísticos da região. 
Este é o primeiro passo para regulamentar o uso dos recursos naturais de forma sustentável na zona de amortecimento do Parque Estadual da Gruta da Lagoa Azul, que abrange grutas e cavernas de formações calcárias, lagoas de águas azuis cristalinas, com presença de estalactites, estalagmites, que são um patrimônio de grande importância cultural e cênica.
O coordenador de Serviços da Superintendência de infraestrutura, Mineração, Indústria e Serviços da Sema, Pedro Barreto, explica que o processo de licenciamento se iniciou entre 2005 e 2006, mas, em razão de questões fundiárias, já que a maioria dos empreendimentos está em área de assentamento rural da União, levou mais tempo que o normal para ser finalizado. Tiveram papel decisivo nessa conquista o Ministério Público do Estado e a Prefeitura Municipal de Nobres. "Como não há nenhum impedimento ambiental, nós resolvemos unir esforços para resolver a questão que beneficia inúmeras famílias e promover o desenvolvimento sustentável da região".

O distrito de Bom Jardim é conhecido internacionalmente pelas suas belezas naturais, que compreendem: a cachoeira Serra Azul, o balneário Rio Estivado, o Recanto Ecológico Lagoa Azul, a Lagoa das Araras e Aquário Encantado. Locais onde os turistas, além do turismo de contemplação, têm acesso a várias modalidades do ecoturismo, como boia cross, tirolesa, flutuação, trilhas e banho. A proposta é potencializar desenvolvimento sustentável da região por meio do turismo, a exemplo do que ocorre em Campos de Jordão (SP), Gramado (RS) e Bonito (MS).
Serviço
Evento: Entrega de licenças ambientais a empreendimentos no distrito de Bom Jardim, Nobres.
Data/horário: 24.04 (sexta-feira), às 9h
Local: Escola Estadual Zeferino Dornellis


SOS Mata Atlântica divulga estudo de qualidade em mananciais brasileiros.

Segundo estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, com  medição da qualidade da água em 111 rios, córregos e lagos de 5 estados brasileiros e o Distrito Federal – o mais amplo até hoje coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica – revela que 23,3% dos mananciais apresentam qualidade ruim ou péssima. 
Os dados foram divulgados na semana em que se celebrou o Dia da Água (22 de março), as coletas foram realizadas entre março de 2014 e fevereiro de 2015, em 301 pontos de coleta distribuídos em 45 municípios.  A análise inclui o monitoramento realizado em 25 rios da cidade de São Paulo e 12 da cidade do Rio de Janeiro.
Diante dos estudos estudiosos concluiram que a situação é preocupante, visto que a poluição diminui ainda mais a oferta de água para consumo da população.

A lista completa de rios e pontos avaliados está disponível no link http://bit.ly/Agua2015. Dos resultados medidos, 186 pontos (61,8%) apresentaram qualidade da água considerada regular, 65 (21,6%) foram classificados como ruins e 5 (1,7%) apresentaram situação péssima. Apenas 45 (15%) dos rios e mananciais mostraram boa qualidade – aqueles localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
No Estado de São Paulo, dos 117 pontos monitorados, 5 (4,3%) registraram qualidade de água boa; 61 (52,1%) foram avaliados com qualidade regular, enquanto que 46 (39,3%) estão em situação ruim e 5 (4,3%) péssima. Já entre os 175 pontos analisados nos municípios do Rio de Janeiro, 39 apresentaram água boa (22,3%), a maioria (120 pontos) está em situação regular (68,6%), e 16 tiveram índice ruim (9,1%).
Na cidade do Rio de Janeiro, os indicadores aferidos revelam uma piora na qualidade da água. Dos 15 pontos em que a coleta foi realizada na área urbana, somente 5 (33,3%) apresentaram qualidade regular e os outros 10 pontos (66,7%) registraram qualidade ruim. Em 2014, 9 pontos tinham qualidade regular (60%) e 6 ruim (40%). Nenhum dos pontos analisados apresentou qualidade boa ou ótima.
“Esses indicadores revelam a precária condição ambiental dos rios urbanos monitorados e, somados aos impactos da seca, reforçam a necessidade urgente de investimentos em saneamento básico. A falta da água na região sudeste é agravada pela indisponibilidade decorrente da poluição e não apenas da falta de chuvas. Rios enquadrados nos índices ruim e péssimo não podem ser utilizados para abastecimento humano e produção de alimentos, diminuindo bastante a oferta de água”, alerta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.