sexta-feira, 24 de abril de 2015

SOS Mata Atlântica divulga estudo de qualidade em mananciais brasileiros.

Segundo estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, com  medição da qualidade da água em 111 rios, córregos e lagos de 5 estados brasileiros e o Distrito Federal – o mais amplo até hoje coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica – revela que 23,3% dos mananciais apresentam qualidade ruim ou péssima. 
Os dados foram divulgados na semana em que se celebrou o Dia da Água (22 de março), as coletas foram realizadas entre março de 2014 e fevereiro de 2015, em 301 pontos de coleta distribuídos em 45 municípios.  A análise inclui o monitoramento realizado em 25 rios da cidade de São Paulo e 12 da cidade do Rio de Janeiro.
Diante dos estudos estudiosos concluiram que a situação é preocupante, visto que a poluição diminui ainda mais a oferta de água para consumo da população.

A lista completa de rios e pontos avaliados está disponível no link http://bit.ly/Agua2015. Dos resultados medidos, 186 pontos (61,8%) apresentaram qualidade da água considerada regular, 65 (21,6%) foram classificados como ruins e 5 (1,7%) apresentaram situação péssima. Apenas 45 (15%) dos rios e mananciais mostraram boa qualidade – aqueles localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
No Estado de São Paulo, dos 117 pontos monitorados, 5 (4,3%) registraram qualidade de água boa; 61 (52,1%) foram avaliados com qualidade regular, enquanto que 46 (39,3%) estão em situação ruim e 5 (4,3%) péssima. Já entre os 175 pontos analisados nos municípios do Rio de Janeiro, 39 apresentaram água boa (22,3%), a maioria (120 pontos) está em situação regular (68,6%), e 16 tiveram índice ruim (9,1%).
Na cidade do Rio de Janeiro, os indicadores aferidos revelam uma piora na qualidade da água. Dos 15 pontos em que a coleta foi realizada na área urbana, somente 5 (33,3%) apresentaram qualidade regular e os outros 10 pontos (66,7%) registraram qualidade ruim. Em 2014, 9 pontos tinham qualidade regular (60%) e 6 ruim (40%). Nenhum dos pontos analisados apresentou qualidade boa ou ótima.
“Esses indicadores revelam a precária condição ambiental dos rios urbanos monitorados e, somados aos impactos da seca, reforçam a necessidade urgente de investimentos em saneamento básico. A falta da água na região sudeste é agravada pela indisponibilidade decorrente da poluição e não apenas da falta de chuvas. Rios enquadrados nos índices ruim e péssimo não podem ser utilizados para abastecimento humano e produção de alimentos, diminuindo bastante a oferta de água”, alerta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.

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