sexta-feira, 13 de julho de 2012

Engenheiro sanitarista



O que é ser engenheiro sanitarista?

A engenharia sanitarista é a área que trata da exploração e do uso dos recursos hídricos. Os engenheiros sanitaristas são os profissionais responsáveis pelo diagnóstico, elaboração e coordenação de projetos de saneamento básico e de obras sanitárias. O trabalho desse profissional também envolve a fiscalização, a manutenção e ampliação de projetos que melhorem a qualidade de vida da população, como os de água, sistemas de tratamento, esgoto, drenagem e irrigação pluvial, limpeza urbana e de resíduos. O trabalho dos engenheiros sanitaristas é muito importante para as áreas social, de saúde e ecológica, pois além de visar o bem estar social, também é uma forma de prevenir doenças, sempre visando a preservação e diminuição dos danos ambientais, promovendo um desenvolvimento sustentável. Os engenheiros ambientais atuam promovendo o desenvolvimento sustentável.

Quais as características necessárias para ser um engenheiro sanitarista?

Para ser um engenheiro sanitarista, são necessários conhecimentos das áreas ambiental, de hidráulica, de hidrologia e outros conceitos que serão abordados no curso de formação. Além disso, outras características interessantes são:
  • gosto pela natureza
  • interesse por questões ambientais e sociais
  • capacidade de organização
  • capacidade de observação
  • interesse pelas tecnologias e metodologias da área
  • visão de projeto
  • disciplina
  • paciência
  • responsabilidade
  • método
  • facilidade para expor situações

Qual a formação necessária para ser um engenheiro sanitarista?

Para ser um engenheiro sanitarista é necessário diploma do curso superior de Engenharia Sanitária e Ambiental, que tem a duração média de cinco anos. Esse curso tem por objetivo habilitar o profissional nas metodologias e tecnologias de projeto, diagnóstico, construção, manutenção e operação de sistemas ligados principalmente ao aproveitamento dos recursos hídricos e ao saneamento básico. Como em todas as engenharias, os primeiros dois anos de curso são voltados ao estudo de matérias básicas como matemática, física, química e biologia, e depois o ensino é voltado às matérias de sistemas hidráulicos, hidrologia, metodologias de tratamento de água, controle de poluição, geologia, topografia, qualidade da água, resíduos sólidos urbanos, entre outras que fazem parte da grade curricular do curso. Para exercer a profissão de engenheiro sanitarista é necessário registro no CREA - Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia.

Principais atividades

  • diagnosticar problemas relacionados às redes de água e de esgoto e aos sistemas de saneamento
  • analisar e orientar o uso dos recursos das bacias hidrográficas
  • analisar a qualidade da água e diagnosticar problemas existentes, na tentativa de elaborar soluções ou métodos para atenuar os danos ambientais
  • elaboração de projetos e obras hidráulicas que visam a melhoria da qualidade de vida da população
  • fiscalização dos sistemas de tratamento de água existentes e elaboração de projetos de melhoria e ampliação
  • fiscalização dos serviços de esgoto existentes e elaboração de projetos de melhorias e ampliação
  • elaboração de projetos de preservação ambiental e controle da poluição, sempre buscando promover um desenvolvimento sustentável
  • coordenação de projetos de saneamento básico
  • construção de canais de irrigação e drenagem pluvial
  • realização de projetos de limpeza urbana e de eliminação dos resíduos sólidos da melhor forma possível, visando sempre a preservação ambiental
  • monitoramento dos projetos de saneamento básico, elaborando maneiras de estendê-lo, na tentativa de que ele atinja a maior parcela possível da população

Áreas de atuação e especialidades

  • Captação, tratamento e distribuição de água: nessa área, o profissional trabalha com a elaboração de projetos de captação dos recursos hídricos, com tecnologias e métodos de tratamento da água, além da fiscalização do tratamento e verificação da qualidade da água e de projetos de distribuição da água potável para a população, estabelecendo as melhores formas e métodos pata tal.
  • Gestão, coleta e tratamento de efluentes hídricos e atmosféricos: esta área analisa os danos ambientais, estuda os métodos de coleta e de tratamento de recursos hídricos contaminados ou poluídos, visando sempre a preservação do meio ambiente.
  • Coleta e tratamento de resíduos sólidos urbanos e industriais: área que estuda os métodos de coleta e tratamento de resíduos sólido, aplica tecnologias na tentativa de eliminar do meio ambiente a poluição gerada pela urbanização e industrialização de grandes cidades.
  • Operação de sistemas de tratamento de água e efluentes: área que é especializada em tecnologias de tratamento da água, pesquisando novos métodos e procurando evitar os danos ambientais
  • Avaliação de impactos ambientais: área responsável pela produção de relatórios de danos ambientais, procurar as causas e propor soluções para a minimização desses danos
  • Planejamento dos recursos hídricos: área responsável por planejar a utilização dos recursos hídricos e elaborar formas de economia de água e de preservação desse recurso
  • Manejo de bacias hidrográficas: área responsável por elaborar planos de exploração das bacias hidrográficas, sempre visando a preservação ambiental
  • Drenagem urbana e rural: responsável por planejar a drenagem da água em áreas urbanas e rurais
  • Educação ambiental: responsável por conscientizar a população da importância dos recursos hídricos e da necessidade de promover um desenvolvimento sustentável nesse setor

Mercado de trabalho

A necessidade de profissionais nessa área é sempre grande no Brasil, devido à precariedade dos sistemas de saneamento básico e de abastecimento de água potável. O mercado de trabalho é promissor, principalmente no setor público, pois a maioria desses serviços é de responsabilidade das prefeituras, secretarias estaduais e federais, além de órgãos de planejamento e controle ambiental. Atualmente, também cresce o número de empresas privadas preocupadas com a situação do meio ambiente e suas conseqüências a médio e longo prazo e com as pressões legais acerca da questão da poluição. Essas empresas caracterizam um novo mercado para o engenheiro sanitarista, que baseado em seus conhecimentos pode propor soluções para alguns desses problemas. As ONGs ligadas ao meio ambiente também empregam bastante na área sanitária.

Curiosidades

O patrono da engenharia sanitária no Brasil foi Francisco Saturnino de Brito (1864 - 1929), profissional que por muitos anos se dedicou à pesquisa no setor, e depois ao ensino, formando muitos profissionais de alto padrão. Seu invento mais conhecido que colaborou imensamente para a evolução da engenharia sanitária foi o tanque fluxível, utilizado no Brasil e em toda a Europa no séc XX, só abandonado na década de 70, quando foi substituído pelo cálculo das redes de esgoto baseado na tensão tratativa. Saturnino escreveu diversas obras técnicas, que foram estudadas na França, Inglaterra e nos Estados Unidos.

Onde achar mais informações?



"Profissional que é perito em assuntos sanitários"
Fonte: Redação Brasil Profissões

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